A principal referência que temos dentro das danças circulares é Bernhard Wosien, um bailarino, pedagogo da dança, desenhista e pintor, que dedicou muitos anos de sua vida a coletar as danças étnicas. Em sua pesquisa sobre o folclore de vários países, reuniu um repertório rico em significado, memória, movimento e musicalidade. Para Bernhard dançar em grupo "é uma oportunidade para que as pessoas eduquem umas às outras e a si mesmas".
As Danças Tradicionais (populares) expressam a cultura, os desejos, as necessidades, a força e o poder de um povo. De mãos dadas, onde o passado e o presente se encontram magicamente, toda a comunidade se envolve no círculo, para cantar e dançar, e quem chega depois se integra na roda, fazendo parte de toda a manifestação.
A origem das Danças Circulares está nestas danças tradicionais. A dança popular pede espontaneidade, brincadeira, vibração, alegria. Pede também silêncio, comunhão, união, meditação, oração. É preciso dançá-las para sentir sua força, seu poder estimulando as energias criativas e organizadoras. Elas precisam ser vivenciadas e não apresentadas em palco para uma plateia passiva.
A Dança Circular é praticada em círculo e de mãos dadas, e, essencialmente, com danças e movimentos de grupo, que trazem em si os arquétipos da natureza. Não é necessário saber dançar e nem ter um par específico, basta estar aberto para se movimentar e se integrar com as outras pessoas que estão no mesmo passo e compasso da música.
Do início da pesquisa de Bernhard Wosien (1976) até hoje, muitas Danças foram incorporadas ao conjunto que passou a se chamar “Danças Circulares”. Dançamos as danças gregas, escocesas, celtas, israelitas, húngaras, italianas, africanas, e também, as danças brasileiras como as danças indígenas, cirandas, coco, samba de roda, carimbó, pau de fita, jongo, etc.
Assim, podemos afirmar que, dançar é uma das formas mais divertidas de cuidar do corpo, da mente e das emoções. Enquanto coordenamos os movimentos do corpo com o ritmo da música, temos a possibilidade de recuperar a alegria, reduzir o nível de stress, aumentar a autoestima, superar limitações físicas e restabelecer o convívio integrativo com o outro.
A Dança Circular lhe agradece pelo cuidado e dedicação.
Há algum tempo... quando visitamos uma escola em Garrafão(Santa Maria de Jetibá) e após vc ter dançado com o grupo de Dança Holandesa (dessa escola), ouvi a coordenadora lhe dizer: "Fátima, vc foi um presente para nós, vc veio como um despertador para nos conscientizar, nos dar força, nos incentivar e nos mostrar a real importância da dança." É isto mesmo, amiga, continue, seu trabalho é "semente de paz e esperança."
Desejo-lhe muita LUZ e BÊNÇÃOS.